quinta-feira, 1 de junho de 2017

INFERNO NA VISÃO ESPÍRITA





   Inferno: segundo orientação da Doutrina dos Espíritos é um estado de sofrimentos intensos na consciência espiritual que sobrevém pelos efeitos de ações nocivas e, que contrariam as ordenações das Leis divinas.
      As Leis divinas são naturais e estão esculpidas na consciência de cada pessoa quando lhe foi dado o senso de discernir as coisas. 

     Hoje uma ação nociva, amanhã outra, e assim sucessivamente uma após outra e, uma vez tendo a criatura a insensibilidade de deleitar-se nessas ações nocivas ela mesma é quem macula a sua consciência que passará a viver em desajustes mais ou menos intensos de acordo com o grau de gravidade dessas ações infelizes, que se refletem através de inquietações que geram desequilíbrios: espiritual, psicológico, emocional, e até mesmo passando para o soma carnal – corpo orgânico. E essa situação de perturbação causa no ser terríveis dissabores íntimos. Daí a lógica desta verdade de ação e reação: "os que fizeram o mal ressurgem condenados em suas culpas; pois tudo o que a criatura semear, isso também colherá de retorno".
   A existência é uma causa contínua que se sucede para o infinito, e uma vez que falecem os sentidos físicos da criatura, a sua Alma passa para outra dimensão da vida sobrecarregada dos reflexos das ações que foram acumuladas na existência carnal.
       E caso esses reflexos de ações que geram reações sejam nocivas, maldosas, injustas e infelizes estarão, desta forma, em desacordo com as Leis divinas que determinam somente o bem. Ela a criatura com a consciência maculada adentra o Mundo espiritual que é onde a vida tem a sua essência real, e esse Mundo envolve a crosta planetária e tem seguimento até nos demais orbes espalhados na imensidão do Cosmo, e a criatura desajustada vai se reunir pelas leis de sintonia mental com os seus afins: outros seres espirituais que também trazem desajustes de conturbação consciencial, e essa soma de sofrimentos variáveis resultam em efeitos múltiplos de desespero, aflição e treva, é a imagem simbólica cantada pelo salmista: "o vale da sombra e da morte".
     A Alma não entra no niilismo, o não ser, a inexistência, pois ela é um ser vivente imortal só que, nos casos das reações infernais apresenta desajustes íntimos e necessitada de reajustar os centros de força da sua mente em seu perispírito, que passa a apresentar lesões profundas nas funções do corpo espiritual.   
   Os graus de sofrimentos espirituais são vários porque, infelizmente, ainda no planeta Terra a maldade, a violência, a injustiça, a mentira, a corrupção, a treva, o erro, o vício, o crime tem execução livre nas diversas camadas sociais e que retém condições de desgostos diferenciados cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação na consciência, resultante das ações infelizes motivadas pela criatura à margem do caminho do bem.

         O inferno na visão da Doutrina Espírita como região que arde em fogo que não se consome, e que é designado por Deus para condenação eterna das Almas das criaturas humanas não existe esse tipo de inferno; e sim é uma criação de desgraça da própria mente humana que se vincula pelas ações nocivas que geram padecimentos na consciência espiritual e, que no espaço etéreo do Mundo espiritual é destinado com a finalidade de reestruturar o ser decaído temporariamente no abismo de infelicidade; pois o plantio é livre, porém a colheita é obrigatória; é aquele velho ditado: “nas linhas tortuosas das ações humanas, Deus registra a correção”. E Deus presta assistência aos infernos na criatura através de seus agentes invisíveis, pois é Jesus quem tem o controle da Vida em todos os planos espirituais que circundam o planeta Terra, e até mesmo da "Morte e do Inferno" - Apocalipse 1. 18. 
      E no tempo e espaço todas as criaturas que se encontram no estado de sofrimento (expiações), que é transitório, e quando se regenerarem ao influxo do bem, o planeta Terra então ascenderá de nível na escalada dos Mundos habitados, e o inferno deixará de existir porque não haverá mais situações de sofrimentos. É como se os pacientes de um manicômio terrestre estivessem curados e não precisassem  mais ficar internados, e esse hospital fosse então destinado a outra serventia, e o seu espaço passasse a ser utilizado como abrigo humanitário onde funcionasse uma escola com belos jardins.

   Deus não imputa penas eternas a nenhuma de suas criaturas. Não tem sentido um inferno eterno e, chega até mesmo ser irracional a consciência sofrer eternamente por consequência de uma existência carnal que não é eterna, e sim de poucos anos. A maior alegria do Céu é esvaziar o Inferno, e o que arde queimando no Ser é a sua consciência decaída em culpas. O mal que gera sofrimentos somente existe enquanto não se desperta o bem no âmago do ser.
    O Criador que é só amor e justiça, e na sua infinita misericórdia determina às suas criaturas que se amem reciprocamente, não importando serem adversas nas ideias. O Criador é quem primeiro dá o exemplo de misericórdia, e assim vemos Jesus no alto do Gólgota perdoando os seus algozes que o crucificavam. Em outras páginas instrui a epístola do apóstolo Pedro que Jesus pregou até mesmo aos espíritos que estavam presos no inferno de sofrimentos. 

         E assim o Poder Divino que um dia doou à criatura os fluidos da existência material através da encarnação em um corpo físico para cumprimento de suas provações na Terra, é quem dá nova oportunidade quantas vezes necessitar para providencia dos reajustamentos que se fizer jus. E esse trabalho se concretiza por meio de um novo nascimento (reencarnação) que tem a finalidade de desenvolver novos aprendizados que elevará o espírito da criatura no aspecto intelectual e moral, facultando-lhe os meios de ascensão aos planos divinos da felicidade celeste.

    Instruções ditadas pelos espíritos e compiladas por Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, e O Céu e o Inferno.

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