sexta-feira, 9 de junho de 2017

PENAS ETERNAS




A crença na eternidade das penas perde terreno dia a dia...

Quanto mais próximo do estado primitivo mais material é o homem, fato este que faz o ser humano nesse período relacionar ao Criador as mesmas imperfeições das criaturas,
por isso é que vemos nos povos antigos o ato de sacrificar a vida de pessoas com a finalidade de acalmar a “suposta ira divina”.
O senso moral é o que de mais tardio no homem se desenvolve, razão pela qual também não poder ajuizar de Deus, dos seus atributos e da Vida espiritual, senão uma ideia muito imperfeita e vaga.

A própria capacidade intelectual do homem em entender o Universo espiritual,
e os conhecimentos deficitários na época da passagem do Cristo no planeta, foi um dos obstáculos que o Mestre deparou para revelar claramente aos contemporâneos todos os mistérios sobre a vida futura.
Em virtude dessas coisas Cristo falava ao público que o acompanhava somente através de parábolas e figuras de linguagem, no entanto prometendo novas revelações aos seus seguidores o Mestre afiançou: "muitas outras coisas vos falaria claramente se estivésseis em estado de compreendê-las, eis a razão porque vos falo em parábolas. Porém, vos enviarei o Espírito de verdade que vos esclarecerá em todas as coisas" – João 14. 16 # 14. 26 # 15. 26 # 16. 7 a 13. 

Essa missão de tornar o Mundo espiritual mais real coube ao Espírito de verdade, através de um sistema de doutrinas expor claramente todos os mistérios da Vida espiritual e os atributos da Divindade Criadora do Universo: único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, onisciente, soberanamente justo e bom.
E se Deus é o Nosso Pai Criador, conforme definiu Jesus: "meu Deus e vosso Deus, meu Pai e vosso Pai, vide João 20. 17"; e se é dever da criatura, conforme ensinamento de Jesus, que busquemos a Deus em espírito e verdade nos despojando assim de todas as fórmulas exteriores na interação espiritual entre Criador versus criatura – João 4. 23 a 24.

E se Jesus determina às criaturas que se amem como irmãos, e que não guardem mágoa alguma uma das outras, porque assim prejudicaria a vida espiritual da criatura na sua relação íntima com o Pai Celeste – Mateus 6. 14 a 15.
Seria até um contrassenso natural de Deus ser infinito em perfeições e exigir a perfectibilidade de seus filhos; e, de sua parte, se mostrar insensível para com os erros de suas criaturas imperfeitas – Mateus 5.16, sem lhes conceder novas oportunidades de reajustar-se perante a grandeza da vida - Tiago 1.17

Por isso é que o dogma da condenação eterna cai por terra diante da claridade lógica da mensagem do Cristo – Mateus 19. 17

O dogma da eternidade absoluta das penas é, portanto, incompatível com o progresso das Almas, tendo em vista também que Deus é Onipotente e a sua onipotência estaria abalada se não dispusesse meios infinitos para educar, corrigir, iluminar as Almas imperfeitas e decaídas em suas penalidades – Mateus 19. 25 a 26.

    Estudos no capítulo: Penas Eternas cap 6, do Livro “O Céu e o Inferno, e vide também questão 1009 "O Livro dos Espíritos" ambos autoria Allan Kardec”

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quarta-feira, 7 de junho de 2017

O PURGATÓRIO




        

       O principio do purgatório é, pois, baseado na equidade perfeita, é a detenção temporária a par da condenação perpétua. Sem o purgatório somente haveria para as Almas duas alternativas extremas: a suprema felicidade, ou o eterno suplício, por isso a partir do ano 593 d. C., a Igreja passou aceitar a existência do purgatório, como um meio termo de condenação branda para as almas que cometeram erros; mas, que não foram intensamente graves.
           O próprio código penal humano nos dá uma leve ideia dessas coisas, mesmo porque a Justiça de Deus é muito mais superior que a dos humanos. Se na legislação humana existem penalidades brandas para crimes considerados leves, tais como regime semi-aberto. A Justiça de Deus, equidade perfeita, também julga de modo imparcial e na mais perfeita justiça conforme a gravidade dos delitos.

         Vejamos estas duas situações de correções a espíritos que padeciam no Mundo espiritual, conforme narração evangélica: 
a) A Alma do rico (após morrer na existência física) suplica clemencia para suas aflições intensas que se desdobram na vida Além e, houve do pai Abraão para as suas rogativas somente respostas negativas – todo consolo lhe fora inquestionavelmente bloqueado – Lucas 16. 19 a 31 Bíblia sagrada  
     
         b) Jesus prega a sua mensagem de paz e amor aos espíritos em prisão na vida Além, os quais em gerações passadas foram desobedientes às leis divinas – 1 Pedro 3. 18 a 20 Bíblia sagrada 

         São duas situações diferentes de condenações narradas no evangelho: o Rico, após o seu desencarne - falecimento, se vê em abandono total no Hades (mundo dos mortos na linguagem grega), sofrendo em isolamento e despossado de consolo exterior; enquanto um grupo de espíritos com bastante tempo presos na vida Além, tem o conforto direto da palavra do Senhor que lhes descortina uma perspectiva de futuro melhor.
          A Doutrina Espírita não nega a penalidade futura para os espíritos em débitos com as leis divinas. O que o Espiritismo discorda com sabedoria e equidade são as condenações eternas e irremissíveis para punição de faltas consequentes de uma existência humana que não é eterna, e sim de poucos anos. Toda penalidade no Além funciona no sentido de reeducar.
      Pois seria impossível num Universo infinito o Criador não ter planos infinitos  de possibilidades naturais de reeducar a criatura infeliz, quando o próprio homem aperfeiçoa o seu sistema de reciclagem e também métodos de ressocializar o individuo infrator.

        O que a crença denomina purgatório é igualmente uma alegoria, devendo-se entender como tal o estado (situação) dos Espíritos imperfeitos, que se encontram em expiação até alcançarem a purificação completa, que os elevará à categoria dos Espíritos bem-aventurados. Operando-se essa purificação por meio das diversas encarnações, uma das etapas purgatórias consiste nas provações da vida corporal - questão 1013, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec
          "No Mundo espiritual: há legiões compactas de Almas irresolutas e ignorantes que não são suficientes perversas para serem enviadas às colônias de reparações mais dolorosas, nem bastante nobres para serem conduzidas aos planos de elevação do infinito. O purgatório como a própria palavra define é uma purgação, pois funciona como região destinada a esgotamento dos resíduos mentais inferiores, na criatura - do livro Nosso Lar, capitulo 12 - O Umbral, espírito André Luiz, psicografia Francisco Cândido Xavier" 

     Estudos no capítulo: O Purgatório cap 5, do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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quinta-feira, 1 de junho de 2017

INFERNO NA VISÃO ESPÍRITA





   Inferno: segundo orientação da Doutrina dos Espíritos é um estado de sofrimentos intensos na consciência espiritual que sobrevém pelos efeitos de ações nocivas e, que contrariam as ordenações das Leis divinas.
      As Leis divinas são naturais e estão esculpidas na consciência de cada pessoa quando lhe foi dado o senso de discernir as coisas. 

     Hoje uma ação nociva, amanhã outra, e assim sucessivamente uma após outra e, uma vez tendo a criatura a insensibilidade de deleitar-se nessas ações nocivas ela mesma é quem macula a sua consciência que passará a viver em desajustes mais ou menos intensos de acordo com o grau de gravidade dessas ações infelizes, que se refletem através de inquietações que geram desequilíbrios: espiritual, psicológico, emocional, e até mesmo passando para o soma carnal – corpo orgânico. E essa situação de perturbação causa no ser terríveis dissabores íntimos. Daí a lógica desta verdade de ação e reação: "os que fizeram o mal ressurgem condenados em suas culpas; pois tudo o que a criatura semear, isso também colherá de retorno".
   A existência é uma causa contínua que se sucede para o infinito, e uma vez que falecem os sentidos físicos da criatura, a sua Alma passa para outra dimensão da vida sobrecarregada dos reflexos das ações que foram acumuladas na existência carnal.
       E caso esses reflexos de ações que geram reações sejam nocivas, maldosas, injustas e infelizes estarão, desta forma, em desacordo com as Leis divinas que determinam somente o bem. Ela a criatura com a consciência maculada adentra o Mundo espiritual que é onde a vida tem a sua essência real, e esse Mundo envolve a crosta planetária e tem seguimento até nos demais orbes espalhados na imensidão do Cosmo, e a criatura desajustada vai se reunir pelas leis de sintonia mental com os seus afins: outros seres espirituais que também trazem desajustes de conturbação consciencial, e essa soma de sofrimentos variáveis resultam em efeitos múltiplos de desespero, aflição e treva, é a imagem simbólica cantada pelo salmista: "o vale da sombra e da morte".
     A Alma não entra no niilismo, o não ser, a inexistência, pois ela é um ser vivente imortal só que, nos casos das reações infernais apresenta desajustes íntimos e necessitada de reajustar os centros de força da sua mente em seu perispírito, que passa a apresentar lesões profundas nas funções do corpo espiritual.   
   Os graus de sofrimentos espirituais são vários porque, infelizmente, ainda no planeta Terra a maldade, a violência, a injustiça, a mentira, a corrupção, a treva, o erro, o vício, o crime tem execução livre nas diversas camadas sociais e que retém condições de desgostos diferenciados cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação na consciência, resultante das ações infelizes motivadas pela criatura à margem do caminho do bem.

         O inferno na visão da Doutrina Espírita como região que arde em fogo que não se consome, e que é designado por Deus para condenação eterna das Almas das criaturas humanas não existe esse tipo de inferno; e sim é uma criação de desgraça da própria mente humana que se vincula pelas ações nocivas que geram padecimentos na consciência espiritual e, que no espaço etéreo do Mundo espiritual é destinado com a finalidade de reestruturar o ser decaído temporariamente no abismo de infelicidade; pois o plantio é livre, porém a colheita é obrigatória; é aquele velho ditado: “nas linhas tortuosas das ações humanas, Deus registra a correção”. E Deus presta assistência aos infernos na criatura através de seus agentes invisíveis, pois é Jesus quem tem o controle da Vida em todos os planos espirituais que circundam o planeta Terra, e até mesmo da "Morte e do Inferno" - Apocalipse 1. 18. 
      E no tempo e espaço todas as criaturas que se encontram no estado de sofrimento (expiações), que é transitório, e quando se regenerarem ao influxo do bem, o planeta Terra então ascenderá de nível na escalada dos Mundos habitados, e o inferno deixará de existir porque não haverá mais situações de sofrimentos. É como se os pacientes de um manicômio terrestre estivessem curados e não precisassem  mais ficar internados, e esse hospital fosse então destinado a outra serventia, e o seu espaço passasse a ser utilizado como abrigo humanitário onde funcionasse uma escola com belos jardins.

   Deus não imputa penas eternas a nenhuma de suas criaturas. Não tem sentido um inferno eterno e, chega até mesmo ser irracional a consciência sofrer eternamente por consequência de uma existência carnal que não é eterna, e sim de poucos anos. A maior alegria do Céu é esvaziar o Inferno, e o que arde queimando no Ser é a sua consciência decaída em culpas. O mal que gera sofrimentos somente existe enquanto não se desperta o bem no âmago do ser.
    O Criador que é só amor e justiça, e na sua infinita misericórdia determina às suas criaturas que se amem reciprocamente, não importando serem adversas nas ideias. O Criador é quem primeiro dá o exemplo de misericórdia, e assim vemos Jesus no alto do Gólgota perdoando os seus algozes que o crucificavam. Em outras páginas instrui a epístola do apóstolo Pedro que Jesus pregou até mesmo aos espíritos que estavam presos no inferno de sofrimentos. 

         E assim o Poder Divino que um dia doou à criatura os fluidos da existência material através da encarnação em um corpo físico para cumprimento de suas provações na Terra, é quem dá nova oportunidade quantas vezes necessitar para providencia dos reajustamentos que se fizer jus. E esse trabalho se concretiza por meio de um novo nascimento (reencarnação) que tem a finalidade de desenvolver novos aprendizados que elevará o espírito da criatura no aspecto intelectual e moral, facultando-lhe os meios de ascensão aos planos divinos da felicidade celeste.

    Instruções ditadas pelos espíritos e compiladas por Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, e O Céu e o Inferno.

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terça-feira, 30 de maio de 2017

O INFERNO




   Desde todas as épocas o homem acreditou por intuição que a vida futura seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou mal praticado na existência material. A ideia que ele faz, porém, dessa vida está em relação com o seu desenvolvimento intelectual e senso moral, e noções mais ou menos justas do bem e do mal.


   Com o passar dos séculos foram se idealizando nas crenças sobre a vida futura um misto de espiritualismo e materialismo: a beatitude contemplativa concorrendo com um inferno de aflições físicas. E não podendo compreender senão o que vê e o que sente o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro com base no presente; para compreender outros tipos além dos que tinha à vista ser-lhe-ia preciso um desenvolvimento intelectual que só o tempo deveria completar.
        Também o quadro por ele ideado sobre as penas futuras não é senão o reflexo dos males da humanidade em mais vasta proporção, reunindo-lhe todas as amarguras, desgostos e aflições que achou na Terra. Assim é que nos climas abrasadores imaginou um inferno de fogo, pois não estando ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o Mundo espiritual não podia conceber senão penas materiais, e desta maneira com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões mais ou menos se assemelham.


  Expressões que as crenças populares nos séculos utilizaram para representar a condenação das maldades que as Almas humanas praticam.


 Inferno: etimologia desse termo originou-se do latin - infernum que significa “as profundezas” ou “mundo inferior” mundo subterrâneo. Com o passar dos tempos as diferentes religiões e crenças mitológicas empregou essa palavra no sentido figurado como a representação da “morada dos mortos”, ou lugar de grande condenação e sofrimentos. 
   Nota: se imaginarmos as condições intelectuais e morais da existência no planeta Terra há dezenas de séculos passados quando imperava, de modo geral, sob as Nações dos povos primitivos maldades de todas as espécies: barbárie, corrupção, opressão, escravidão de pessoas, injustiças sociais... assim nós temos a representação simbólica do termo Inferno – Infernum, em outras palavras: Mundo inferior onde impera iniquidades, tiranias, perversidades com instintos bestiais não respeitando nem mesmo crianças, mulheres gestantes, pessoas enfermas e idosos, e onde se movimentam as guerras para assegurar o poder iníquo.       


  Hades: termo grego originado da palavra haides que significa “mundo inferior”


 Geena: do hebraico geh bem-hinon termo que se refere ao vale de Hinon, local que ficava fora das muralhas de Jerusalém e onde se depositava todo monturo: o lixo orgânico, restos de animais e sujeiras em geral para ser decomposto pela incineração.


 Sheol: do hebraico she’ol que quer dizer sepultura, túmulo, cova.

    O inferno pagão descrito e dramatizado pelos poetas foi o arquétipo mais aterrador do gênero e perpetuou-se no seio dos cristãos onde por sua vez houve também poetas e cantores. Fazendo-se uma análise comparativa entre eles encontram-se as mesmas variantes de detalhes e numerosas analogias nas figuras de linguagem, e ambos têm o fogo físico por base de seus tormentos e como símbolo dos sofrimentos mais bárbaros, exemplos: se os pagãos criam nos caldeirões de azeites ferventes, alguns teólogos cristãos por sua vez imaginam lagos de fogo consumindo por toda eternidade as Almas dos ímpios, dos iníquos, e corruptos no pecado.

  Estudos no capítulo: O Inferno cap 4, item 1, 2, 3 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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sábado, 27 de maio de 2017

MORADAS CELESTIAIS





“Revelou Jesus: na casa de meu Pai há muitas moradas – João 14. 2” 

    A força e a movimentação da Vida irradia por todos os quadrantes do Universo, nenhuma região do espaço cósmico que não seja incessantemente percorrida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos físicos dos seres humanos. E posto que os Espíritos estejam por toda parte os Mundos são de preferência os seus centros de atração, em virtude da analogia existente entre eles e os que os habitam.
      Em torno dos Mundos adiantados abundam Espíritos superiores, como ao redor dos Mundos atrasados pululam Espíritos inferiores, e cada globo celeste tem a sua população própria de Espíritos encarnados e desencarnados.

      Nessa imensidade ilimitada onde limitar o Céu?

    Em toda parte nenhum contorno lhe traça limites. Os Mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho que as virtudes franqueiam e os vícios interditam.


    Ante este quadro grandioso que povoa o Universo e que dá a todas as coisas da Criação um fim e uma razão de ser, quão grandiosa e abundante de ideias é a doutrina que esclarece que o planeta Terra não é o único globo a ser povoado por seres inteligentes. Como é jubilosa e transbordante de esperanças a doutrina que nos descreve todo Universo, durante e depois da humanidade terrestre, com Vida plena e superabundante de movimento inteligente, tais quais as metrópoles de um país bem estruturado com inumeráveis arquiteturas, variáveis construções de edifícios, e moradias nos mais diversos graus de condições habitáveis.


    Quanto a essa doutrina que engrandece as ideias e amplia o pensamento! Mas, quem diz que ela verdadeira? A razão primeiro; a revelação depois; e finalmente a sua concordância com os progressos da Ciência.

      Estudos no capítulo: O Céu, cap 3, item 15, 16, 17 do Livro “O Céu e o Inferno, autor Allan Kardec”

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