quarta-feira, 30 de novembro de 2016

ABNEGAÇÃO




O homem Poderia pelos seus esforços vencer sempre as suas más inclinações?

Questão 909, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Sim; e frequentemente, fazendo pequenos esforços. O que, geralmente, falta na pessoa é a aplicação da vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!

Questão 910 – Pode o homem achar nos bons Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas paixões?

Resp: Se o pedir a Deus, ou ao seu Anjo guardião, com sinceridade, os bons Espíritos  virão certamente em seu auxílio, porquanto  essa é a missão deles.

Questão 911 – Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las?

Resp: Há muitas pessoas que dizem: quero! Mas, a vontade só lhe está nos lábios. Querem! Porém, muito satisfeitas ficam que não seja como querem. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões é que seu espírito se compraz nelas, em consequência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir. Vencê-las é para ele uma vitória do espírito sobre a matéria.

Questão 912 – Qual o meio mais eficiente de combater-se o predomínio da natureza animal?

Resp: praticar abnegação.
   
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AS PAIXÕES





– Será substancialmente mau o principio originário das paixões, embora esteja na Natureza?

Questão 907 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.

Questão 908 – Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

Resp: As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna nociva desde que passe a se desgovernar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que se perde o controle e poder de governá-la, e que resulta em desequilíbrio para vós mesmos, ou para outrem.

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se em vez de dirigi-las com equilíbrio, o homem se deixa ser dominado por elas; assim cai nos excessos e a própria força que é manejada pelos seus sentimentos, e que poderia resultar no bem, contra ele se volta e o oprime.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é assim um mal, pois que se assenta numa das condições providenciais de nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade, ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa, e este excesso se torna um mal, quando tem como consequência um mal qualquer.

Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal, por conseguinte, afasta-o da natureza espiritual.

Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do Espírito sobre a matéria, e o aproxima da perfeição espiritual.

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domingo, 27 de novembro de 2016

BUSCANDO O MELHOR





   – Incorrerá em culpa aquele que sonda as chagas da sociedade e as expõe em público?

Questão 904 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Depende do sentimento que o mova. Se o escritor apenas visa produzir escândalo, não faz mais do que proporcionar a si mesmo um gozo pessoal, apresentando quadros que constituem antes um mau, do que um bom exemplo. No seu íntimo essa pessoa aprecia essas coisas, mas pode vir a ser punida por essa espécie de prazer que encontra em revelar o mal.

A) - Como pode em tal caso julgar da pureza das intenções e da sinceridade do escritor?

Resp: Nem sempre há nisso utilidade. Se ele escrever boas coisas, aproveita-as. Se proceder mal, é uma questão de consciência que lhe diz respeito, exclusivamente. Demais, se o escritor tem empenho em provar a sua sinceridade, apoie o que disser nos exemplos que dê.

Questão 905 – Alguns escritores hão publicado belíssimas obras de grande teor moral, que auxiliam o progresso da Humanidade, das quais, porém, nenhum proveito tiraram eles. Ser-lhe-á levado em conta, como Espíritos, o bem a que suas obras hajam dado espaço?

Resp: A moral sem ações é o mesmo que a semente sem plantio. De que servirá a semente se não a fazeis dar frutos que vos alimentem? Grave é a culpa desses homens, porque dispunham de inteligência para compreender. Não praticando as máximas que ofereciam aos outros, renunciaram a colher-lhes as bonanças da frutificação.

Questão 906 – Será passível de censura o homem, que tem consciência do bem que faz e por confessá-lo a si mesmo?

Resp: Pois que pode ter consciência do mal que pratica, do bem igualmente deve tê-la, a fim de saber se andou bem ou mal. Pesando todos os seus atos na balança da lei de Deus, que é justiça, amor e caridade, e assim é que poderá dizer a si mesmo se suas obras são boas ou más, e que as poderá aprovar, ou desaprovar. Não se lhe pode, portanto, censurar que reconheça ter triunfado dos maus pendores e que se sinta satisfeito, desde que de tal não se envaideça, porque então cairia noutra falta – vide questão 919, de O Livro dos Espíritos/Allan Kardec

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sábado, 26 de novembro de 2016

INDULGENCIA





– Será reprovável que cobicemos a riqueza quando nos anime o desejo de fazer o bem?

Questão 902 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Tal sentimento é louvável, não há dúvida, quando realmente puro. Mas, será sempre bastante desinteressado esse desejo? Não ocultará nenhum intuito de ordem pessoal? Não será fazer o bem a si mesmo em primeiro lugar, que cogita aquele em quem tal desejo se manifesta?

Questão 903Incorrerá em culpa a pessoa que fica repassando os defeitos alheios?

Resp: Incidirá em grande culpa se o fizer para criticar e divulgá-los, porque será faltar com a caridade. Se, porém, o fizer para tirar dai algum proveito a fim de restringir esses defeitos e evitá-los, tal pesquisa poderá ser-lhe de alguma utilidade. Importa, todavia, não esquecer que a indulgencia para com os defeitos de outrem é uma virtude prescrita na caridade. Antes de censurar as imperfeições dos outros, observai o que de vós mesmos poderão dizer os outros. Procurai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante, - eis o meio de se tornar melhor: Se lhe censuras a avareza, procurai exercitar a generosidade; se criticais o orgulhoso, esforçai-vos na modéstia e humildade; se reprochas o grosseiro, o mal-educado, buscai primeiramente ser brando; se recriminas mesquinho, buscai ser elevado em todas as vossas ações. Numa palavra, estudai de maneira também que se não vos possam aplicar estas palavras de Jesus: vês o argueiro no olho de teu irmão? E não consegues observar a trave que está no teu próprio olho! (Mateus 7. 3)

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APRIMORAMENTO ESPIRITUAL





   – Sendo a vida material apenas uma estadia temporal neste mundo, e devendo o futuro espiritual constituir o objetivo da nossa principal preocupação. Será útil nos esforcemos por adquirir conhecimentos científicos que só digam respeito às coisas e às necessidades materiais?

Questão 898 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Sem dúvida. Primeiramente isso vos põe em condições de auxiliar os vossos irmãos de humanidade; e assim o vosso Espírito se elevará mais depressa, se já houver progredido em inteligência. E nos intervalos das encarnações aprendereis em pouco tempo o que na Terra vos exigiria anos e anos de aprendizados. Nenhum conhecimento para o bem é inútil, e todos mais ou menos contribuem para o progresso, porque o Espírito para ser perfeito tem que saber tudo, e assim cumprindo para que o desenvolvimento se efetue em todos os sentidos, e todas as ideias adquiridas ajudam o aprimoramento do Espírito.

Questão 899 – Qual o mais culpado entre dois homens ricos que empregam exclusivamente em gozos pessoais as suas riquezas patrimoniais? Tendo um nascido na opulência e desconhecido sempre a necessidade; e quanto ao outro, devendo ao seu trabalho, os bens que possui?

Resp: aquele que conheceu os sofrimentos, porque sabe o que é sofrer.  A dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece em si mesmo; porém como frequentemente sucede já dela não se lembra.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

BUSCANDO CRESCER INTERIORMENTE






   – Merecerá reprovação aquele que faz o bem sem visar a qualquer recompensa na Terra, mas unicamente esperando que lhe seja levado em conta na outra vida, e que lá venha a ser melhor a sua situação? Essa preocupação, por acaso, lhe prejudicará o progresso?

Questão 897 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: O bem deve ser feito caritativamente, isto é, com desinteresse.

A) - Contudo todos alimentam o desejo muito natural de progredir para evitar à penosa condição desta vida material. Os próprios Espíritos nos ensinam a praticar o bem com esse objetivo. Será então um mal pensar que, praticando o bem podemos esperar coisa melhor do que temos na Terra?

Resp: Não; certamente; mas aquele que faz o bem sem ideia preconcebida, pelo só prazer de ser agradável a Deus e ao seu próximo que sofre, já se acha num certo grau de progresso, que lhe permitirá alcançar a felicidade muito mais depressa do que seu irmão que, mais positivo faz o bem por cálculo e não impelido pelo ardor natural do seu coração.

B) - Não haverá aqui uma distinção a estabelecer-se entre o bem que podemos fazer ao nosso próximo e o cuidado que pomos em corrigir-nos dos nossos defeitos?

Resp: Nenhum egoísmo existe em querer o homem melhorar-se espiritualmente para se aproximar de Deus, pois que é o fim para o qual devem todos tender.

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LUTA INTERIOR





   – Qual o sinal mais característico da imperfeição moral?

Questão 895 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Ódio, maldade, injustiça, orgulho, egoísmo, cobiça, inveja, ciúme, vícios, todos esses sentimentos negativos são nutritivos para a infelicidade, e bloqueiam a alma de usufruir das plenitudes celestes.  

Pode um homem possuir qualidades reais, que sugestionam o mundo terreno a considerá-lo uma pessoa do bem. Mas, as qualidades boas conquanto assinalem um progresso nessa pessoa nem sempre suportam certas provas e, às vezes basta que se fira a corda do interesse pessoal para que o fundo fique a descoberto.

O apego às coisas materiais constitui também sinal notório de inferioridade, porque quanto mais se aferrar aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o destino eterno do seu espírito. Pelo desprendimento, ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o seu futuro espiritual.

Questão 896 – Há pessoas desinteressadas e sem discernimento que liberam seus haveres sem utilidade real, por não saberem lhes dar emprego criterioso. Tem algum merecimento essas pessoas?

Resp: Tem o do desinteresse, porém não o do bem que poderiam fazer. O desprendimento é uma virtude, mas o desperdiçar irrefletidamente constitui sempre, pelo menos, falta de juízo. A riqueza, assim como não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o é a outros para ser dispersa ao vento. Representa um depósito de que uns e outros terão de prestar contas, porque terão de responder por todo o bem que poderiam fazer e não fizeram, e por todas as lágrimas que podiam ter estancado com o dinheiro que esbanjaram com coisas supérfluas.

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

AS VIRTUDES





   – Qual a mais importante de todas as virtudes?

Questão 893 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Existe virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.  A sublimidade da virtude está no sacrifício do interesse pessoal pelo bem do próximo sem pensamento oculto. A mais meritória é a que se baseia na mais desinteressada caridade.

Questão 894 – Há pessoas que fazem o bem espontaneamente sem que precisem vencer quaisquer sentimentos que lhe sejam opostos. Terão tanto mérito quanto aqueles que se veem na contingência de lutar contra a natureza que lhes e própria e a vencem?

Resp: Só não têm que lutar aqueles em quem já há progresso realizado. Esses lutaram outrora e triunfaram. Por isso é que os bons sentimentos nenhum esforço lhes custam e suas ações lhes parecem simplíssimas. O bem se lhes tornou um hábito. Devidas lhes são as alegrias que se costuma guiar a velhos trabalhadores que conquistaram a si mesmos. A busca da perfeição é uma luta longa e ininterrupta, e tais objetivos espantam pelo contraste com o que se tem à vista, e tanto mais os admirais quanto mais raros são. Ficai sabendo, porém, que nos Mundos mais adiantados do que a Terra, constitui regra o que entre vós representa a exceção. Em todos os pontos desses Mundos, o sentimento do bem é espontâneo porque somente bons Espíritos habitam nesses Orbes. Lá uma só intenção má já seria coisa monstruosa, eis a razão porque nesses Mundos os seres que os habitam são felizes. O mesmo se dará na Terra quando a humanidade se houver transformado e quando compreender e praticar a caridade na sua verdadeira essência cristã. Esclareceu Jesus: Bem-aventurados os mansos de coração (os bons), porque eles herdarão a Terra (Mateus 5. 5)

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terça-feira, 15 de novembro de 2016

AMOR MATERNO E FILIAL





   – O amor materno será uma virtude, ou um sentimento instintivo comum aos homens e aos animais?

Questão 890 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: As duas coisas. A Natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessário se tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo. Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor do animal.

Questão 891 – Estando em a Natureza o amor materno, como e que há mães que detestam os filhos e, não raro, desde a infância destes?

Resp: Às vezes é uma prova que o Espírito do filho escolheu em reconciliar-se com inimizades de vidas passadas, ou uma expiação se aconteceu ter sido um pai que não cumpriu seus deveres em encarnações anteriores, ou mãe de caráter ruim, ou mau filho noutra existência. Em todos os casos a mãe de caráter ruim não pode deixar de ser animada por uma índole negativa que procura criar embaraços ao filho, afim de causar obstáculos na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune, e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado.

Questão 892 – Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de lhes não dispensarem a ternura de que os fariam objeto, em caso contrário?

Resp: Não; porque isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem. Demais, esses desgostos são amiúde a consequência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.

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domingo, 13 de novembro de 2016

LEI DE AMOR E CARIDADE





Amai-vos uns aos outros eis toda a lei, lei divina mediante a qual governa Deus os Mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. A atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.

Não esqueçais nunca que o Espírito, qualquer que seja o grau de seu adiantamento, sua situação como reencarnado, ou no extrafísico (estado de vida na espiritualidade), está sempre colocado entre um superior que o guia e aperfeiçoa, e um inferior para com o qual têm que cumprir esses mesmos deveres de fraternidade universal. Sede, pois, caridosos, praticando não só a caridade que vos faz dar friamente o óbolo que tirais do bolso ao que ousa vos pedir, mas o que vos leve ao encontro das misérias ocultas. Sede indulgente com os defeitos dos vossos semelhantes. Em vez de votardes desprezo à ignorância e ao vicio, instrui os ignorantes e moralizai os viciados. Sede brando e benevolente para com tudo aquilo que vos seja inferior. Sede-o para com os seres mais ínfimos da criação e tereis obedecido à lei de Deus.

     Instruções do espírito São Vicente de Paulo, no capitulo XI, comentários questão 888, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec


Questão 889 – Não há criaturas que se veem condenados a mendigar por culpa sua?

Resp: Sem dúvida; mas se uma boa educação moral lhes houvera ensinado a praticar a lei de Deus, não teriam caído nos excessos causadores de sua perdição. Disso, sobretudo, é que depende a melhoria da vida no planeta Terra, vide questão 707, de O Livro dos Espíritos.

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ESMOLA






   – Que se deve pensar da esmola?

Questão 888 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente, pois embrutece. Uma sociedade que se baseie na lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a existência dos que não podem trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê do acaso e da boa-vontade de alguns.

A) – Dar-se-á que é reprovada a prática da esmola?

Resp:  Não; o que merece reprovação não é a esmola, mas a maneira pela qual habitualmente é dada. O homem de bem, que compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a mão. A verdadeira caridade é sempre bondosa e benévola, está tanto no ato, como na maneira que é praticada. Se for com altivez, pode ser que a necessidade obrigue quem o recebe a aceitar, mas o seu coração pouco se comoverá.

Lembrai-vos também de que aos olhos de Deus, ostentação tira o mérito ao benefício. Disse Jesus: “não saiba a tua mão esquerda, o que faz a tua direita”. Desta maneira ele ensinou a não tisnar a caridade com o orgulho. Deve-se distinguir a esmola, propriamente dita, da beneficência. Nem sempre o necessitado é o que pede. O temor de uma humilhação detém o verdadeiro pobre, que muita vez sofre sem se queixar. A esse é que o homem verdadeiramente humano sabe ir procurar, sem ostentação.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO





   – Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

Questão 886 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.
                                                                  
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível, assim como desejamos que nos seja feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: “amai-vos uns aos outros como irmãos”.

A caridade segundo Jesus não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos subordinados, mesmo nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgencia, porque de indulgencia precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, existem algumas pessoas que entendem que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição tanto maior cuidado devemos exercitar em lhe não aumentarmos os infortúnios pelo desprezo, ou indiferença. O homem verdadeiramente bom procura ver com bons olhos todas as pessoas, sem discriminar a ninguém pelo seu nível social – seja rico, seja pobre.

Questão 887 – Jesus também disse: Amai mesmo os vossos inimigos. - Ora, o amor ao inimigo não será contrário às nossas tendências naturais, e a inimizade não provirá de uma falta de simpatia entre os Espíritos?

Resp: Certo que ninguém pode votar aos seus inimigos um amor fraterno tal como dedicamos aos nossos irmãos mais chegados a nós. Não foi isso o que Jesus entendeu de dizer. Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. O que assim procede se torna superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se coloca aquele que procura tomar vingança das suas malícias.

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DIREITO DE PROPRIEDADE





   –  É natural o desejo de possuir?

Questão 883 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Sim; mas quando o homem deseja possuir exclusivamente para sua satisfação pessoal, o que há é egoísmo.
                                                                  
A) – Não será, entretanto, legítimo o desejo de possuir, uma vez que aquele que tem de que viver a ninguém é pesado?

Resp: Há homens insaciáveis que acumulam bens sem utilidade para ninguém, ou apenas para saciar as suas paixões. Aquele, que ao contrário, junta pelo trabalho e ainda busca meios de socorrer os seus semelhantes, pratica a lei de amor e caridade, e Deus abençoa o seu trabalho.

Questão 884 – Qual o caráter da legítima  propriedade?

Resp: Aquela que é adquirida legitimamente sem prejuízo de outrem.

Proibindo-nos que se faça aos outros aquilo que não se deseja que nos fizessem, a lei de amor e de justiça nos proíbe, ipso facto, a aquisição de bens por quaisquer meios que lhe sejam contrários.

Questão 885 – Será ilimitado o direito de propriedade?

Resp: É fora de dúvida que tudo o que legitimamente se adquire constitui uma propriedade. Mas, como havemos dito a legislação dos homens ainda consagra muitos direitos convencionais, que é reprovado pela lei Natural. Essa a razão por que eles reformam suas leis à medida que o progresso espiritual se efetua, e que melhor compreendem a justiça com o passar das eras. O que num século parece perfeito, no século seguinte afigura-se bárbaro – consultar questão nr 795 estudada nesta obra – O Livro dos Espíritos.

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