quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ATITUDE






Pessoas há, que, carentes de todos os recursos embora em seu derredor reine a abundância, e mesmo assim só tem diante de si a perspectiva do perecimento, Que atitude devem tomar? Devem deixar-se morrer de fome?

Questão 929, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Nunca ninguém deve ter a ideia de deixar-se perecer de fome. O homem deve achar sempre meio de se alimentar, se o orgulho não se colocar entre a necessidade e o trabalho. Costuma-se dizer: - não existe ofício desprezível, o seu estado não é o que desonra o homem. Isso, porém, cada um diz para os outros e não para si.  

Questão 930 – É evidente que, se não fossem os preconceitos sociais pelos quais se deixa o homem dominar, ele sempre acharia um trabalho qualquer que lhe proporcionasse meio de viver, embora se deslocando da sua posição. Mas, entre os que não têm preconceitos ou os põem de lado, não há pessoas que se veem na impossibilidade de prover às suas necessidades, em consequência de moléstias ou outras causas independes da vontade delas?

Resp: Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome.

Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode faltar o necessário. Porém, suas próprias faltas são frequentemente resultado do meio onde se acha colocado. Quando praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça, na solidariedade, e ele próprio também será melhor – vide questão 793, O Livro dos Espíritos/ Allan Kardec

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sábado, 24 de dezembro de 2016

NECESSIDADES





Criando novas necessidades a civilização não constitui uma fonte de novas aflições?

Questão 926, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Os males deste mundo estão na razão das necessidades factícias que os homens criam. Pois muitos desenganos se poupará na vida material aquele que sabe restringir seus desejos, e olha sem inveja para o que esteja acima de si.

Muitos cobiçam os gozos daqueles que parecem ser os mais felizes do mundo. Sabeis porventura o que lhes está reservado? Quando se é desventurado isso representa uma prova que lhe será levado em conta, se suportar as aflições com coragem. Lembrai-vos destas palavras de Jesus: “bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”.

Questão 927 – Não há duvida que, à felicidade, o supérfluo não é forçosamente indispensável, porém o mesmo não se dá com o necessário. Ora, não será real a infelicidade daqueles a quem falta o necessário?

Resp: Realmente desditoso o homem só o é quando sofre da falta do necessário à vida física, à saúde do corpo. Todavia, pode acontecer que essa privação seja de sua culpa. Então, só tem que se queixar de si mesmo. Se for ocasionada por outrem, a responsabilidade recairá sobre aquele que lhe houver dado causa.

No afastarem-se os homens da sua esfera intelectual reside indubitavelmente uma das mais frequentes causas de decepção. Uma boa educação moral é necessária ser desenvolvida a fim de colocar o homem acima dos tolos preconceitos do orgulho, e até mesmo para se fortalecer diante dos embates da evolução.

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domingo, 18 de dezembro de 2016

PROVAÇÕES





A felicidade terrestre é relativa a posição de cada um na sociedade, o que basta para felicidade de alguém, constitui a desventura de outro; haverá desse modo alguma soma de felicidade comum a todos os homens?

Questão 922, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Com relação à existência material é a posse do necessário. Com relação à vida espiritual é a consciência tranquila e a fé no porvir.

Questão 923 – O que para uns é supérfluo não representará para outros o necessário, e reciprocamente, de acordo com as posições respectivas?

Resp: Sim, conforme as vossas ideias materiais, aos vossos preconceitos, à vossa ambição, e às vossas extravagancias.

Questão 924 – Há males que independem da maneira de proceder do homem, e que atingem mesmo os mais justos. Nenhum meio terá a pessoa de evitá-los?

Resp: Deve resignar-se e sofre-los sem murmuração se quer progredir. Sempre lhe é dado haurir consolação na própria consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é preciso para obtê-lo.

Questão 925 – Por que Deus favorece a certos homens com os dons da riqueza, e que não parece tê-los merecido?

Resp: Isso significa um favor aos olhos dos que apenas veem o momento presente. Mas, fica sabendo que a riqueza é, geralmente, uma prova mais perigosa do que a pobreza extrema.

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

FELICIDADE RELATIVA





Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?

Questão 920, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Não; por isso que a vida material lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.

Questão 921 – Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver consciente no bem. Mas, enquanto isso não se verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?

Resp: O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, a muitos males se livrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua existência material.

Aquele que se acha bem compenetrado de seu destino futuro, não vê na vida material mais do que uma estação temporária, semelhante a uma hospedaria com vários desconfortos. E facilmente se consola de alguns aborrecimentos passageiros de uma viagem que o levará a tanto melhor posição, quanto melhor tenha cuidado dos preparativos para empreendê-la. Já nesta vida material somos punidos pelas infrações que cometemos, das leis que regem a existência material, sofrendo os males consequentes dessas mesmas infrações e dos nossos próprios excessos. Se gradativamente remontarmos à origem do que chamamos as nossas desventuras terrenas, veremos que na maioria dos casos elas são consequência da própria pessoa afastar-se do caminho correto. Desviando-nos deste, envereda-se por outro obscuro, e de consequência em consequência, termina caindo em desdita.

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CONHECIMENTO DE SI MESMO






Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida, e de resistir à atração do mal?

Questão 919, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Um sábio da antiguidade vo-lo disse: “conheça-te a ti mesmo” - Sócrates

A)- Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. E qual o meio de consegui-lo?

Resp: Ao fim de cada dia interrogue à própria consciência, passe em revista tudo que fizestes e pergunte a si mesmo: se cumpriste todo dever, e se nada ficou pendente. Aquele que todas as noites rememora as suas ações que praticou durante o dia, e inquire e si mesmo se fez todo bem possível, rogando a Deus e ao seu Anjo guardião que o esclareça, grande força possuirá para se aperfeiçoar, porque crede: Deus o assistirá. Dirigi para vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstancia. Perguntai ainda mais: se aprouvesse a Deus chamar-vos neste momento ao Mundo dos Espíritos, teria que temer o olhar de alguém, ao adentrar nesse universo, onde nada pode ser ocultado?

Examinai o que pudestes ter obrado em desfavor da Natureza e do seu Criador, depois contra o vosso próximo e, finalmente contra vós mesmos. As respostas vos darão: ou a serenidade para a vossa consciência, ou a indicação de atitudes que precisam ser restauradas na harmonia do bem.

O conhecimento a si mesmo é, portanto, a chave do progresso espiritual. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. 

Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? 

E não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? 

Pois bem! Que significa esse descanso de alguns dias, quase sempre turbado pelos incômodos das enfermidades do corpo na velhice, em comparação com o que espera o homem de bem após o trespassar do além-túmulo? Ora, esta é, exatamente a ideia que os Espíritos estão encarregados de semear no vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro imortal, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma.                     

Resumo mensagem do espírito de Santo Agostinho, em  “O Livro dos Espíritos” 
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O HOMEM DE BEM





Qual o indício pelo qual se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espiritual?

Questão 918, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: O Espírito prova a sua elevação quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus, e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.

Verdadeiramente o homem de bem pratica a lei de justiça, amor e caridade na sua maior simplicidade. Se interrogar à sua própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará: - se não transgrediu essa lei; se não fez o mal a ninguém; se fez todo bem que podia realizar; se faz aos outros conforme o que deseja que lhe fizessem.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.

É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças e nem de crenças.

Se Deus lhe outorgou a riqueza, considera essas coisas como um propósito de que lhe cumpre usar para o bem. E delas não se envaidece porque compreende: assim como Deus lhe deu, poderá também retirá-las.

Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus. Usa da sua autoridade para lhes levantar o moral, e não para esmagá-los com o seu orgulho.

Usa de indulgência para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa de indulgencia dos outros, e se lembra destas palavras de Jesus: “atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados”.

Não é vingativo. E a exemplo de Jesus perdoa as ofensas para somente se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, “como houver perdoado, assim também perdoado lhe será”.

Respeita, enfim, em seus semelhantes todos os direitos que a leis da Natureza lhes concedem, como quer que os mesmos direitos lhe sejam também respeitados.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

ERRADICANDO O EGOÍSMO





O egoísmo, ao invés de diminuir, parece que cresce com a civilização, que o excita e o mantém. Como poderá ser aniquilado do seio dos povos?

Questão 916, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Quanto maior é o mal, mais hediondo se torna. Fora preciso que o egoísmo produzisse muito mal, para que compreensível se fizesse a necessidade de extirpá-lo. Os homens quando se houverem despojado do egoísmo, que os domina, viverão como irmãos sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pelo sentimento mútuo da solidariedade. E então o forte será amparo ao fraco, e não seu opressor, E não mais serão vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a lei de justiça. Esse o reinado do bem que os Espíritos estão incumbidos de preparar na Terra.

Questão 917 – Qual o meio de destruir-se o egoísmo?

Resp: De todas as imperfeições humanas o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influencia da matéria, na qual o homem ainda está muito próximo de sua origem, e não pôde libertar-se, e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, suas organizações sociais, sua educação. O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida espiritual  for predominando sobre a vida material, e sobretudo com a compreensão que o Espírito vos faculta do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas.

O choque que o homem experimenta do egoísmo dos outros é o que muitas vezes o faz egoísta, por sentir a necessidade de colocar-se na defensiva. Notando que os outros pensam em si próprios e não nele, ei-lo levado a ocupar-se consigo, mais do que com os outros.
O egoísmo é elo de todos os vícios, como a caridade é fonte de todas as virtudes. Destruir o egoísmo e desenvolver a caridade, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem que quer assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto quanto na vida futura. O desejo de ser feliz é natural no ser humano. Por isso é que trabalha incessantemente para melhorar a sua posição na Terra, que pesquisa as causas de seus males, para então remediá-los. Quando compreender bem que no egoísmo reside uma dessas causas, que gera o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme que cada momento o desgosta e que perturba todas as relações sociais, provocando as dissensões, aniquilando a confiança, e que obriga a se manter constantemente na defensiva contra o seu vizinho. O homem compreenderá também que esse vício é incompatível com a sua felicidade, e quanto mais haja sofrido por efeito desse vício, mais sentirá a necessidade de combatê-lo na sua intimidade.

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domingo, 4 de dezembro de 2016

EGOÍSMO





Dentre os vícios qual o que se pode considerar extremado?

Questão 913, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Já temos dito muitas vezes: o egoísmo, dele se deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos reponta o egoísmo. Por mais que combateis os vícios não chegareis a extirpá-los enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não houverdes destruído a causa. Empregai, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser desde logo nesta vida ir aproximando-se da perfeição espiritual, deve expurgar do seu coração todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade.

Questão 914 – Fundando-se o egoísmo no sentimento do interesse pessoal, bem difícil parece extirpá-lo totalmente do coração humano. Chegar-se-á, um dia, a conseguir eliminá-lo completamente?

Resp: À medida que os homens se instruem a cerca das coisas espirituais, menos valor darão às paixões carnais. Depois, necessário é que se reformem as instituições humanas que o entretém e excitam. Isso depende da educação espiritual.

Questão 915 – Por ser inerente à espécie humana, o egoísmo não constituirá sempre um obstáculo ao reinado do bem absoluto na Terra?

Resp: Exato; no egoísmo a humanidade tem o seu maior mal. Porém, ele se prende à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra, e não à humanidade em si mesma. Ora, depurando-se por encarnações sucessivas, os Espíritos se despojam do egoísmo como de suas outras impurezas. Por acaso não existirá na Terra nenhum homem isento de egoísmo e praticante da caridade? Há, sim, muito mais homens assim do que se supõe. Apenas não os conheceis, porque a virtude foge à viva claridade do dia. Desde que haja um, por que não haverá dez? Havendo dez, por que não haverá mil? E assim por diante.

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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

ABNEGAÇÃO




O homem Poderia pelos seus esforços vencer sempre as suas más inclinações?

Questão 909, de O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Resp: Sim; e frequentemente, fazendo pequenos esforços. O que, geralmente, falta na pessoa é a aplicação da vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!

Questão 910 – Pode o homem achar nos bons Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas paixões?

Resp: Se o pedir a Deus, ou ao seu Anjo guardião, com sinceridade, os bons Espíritos  virão certamente em seu auxílio, porquanto  essa é a missão deles.

Questão 911 – Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las?

Resp: Há muitas pessoas que dizem: quero! Mas, a vontade só lhe está nos lábios. Querem! Porém, muito satisfeitas ficam que não seja como querem. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões é que seu espírito se compraz nelas, em consequência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir. Vencê-las é para ele uma vitória do espírito sobre a matéria.

Questão 912 – Qual o meio mais eficiente de combater-se o predomínio da natureza animal?

Resp: praticar abnegação.
   
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AS PAIXÕES





– Será substancialmente mau o principio originário das paixões, embora esteja na Natureza?

Questão 907 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.

Questão 908 – Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

Resp: As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna nociva desde que passe a se desgovernar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que se perde o controle e poder de governá-la, e que resulta em desequilíbrio para vós mesmos, ou para outrem.

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se em vez de dirigi-las com equilíbrio, o homem se deixa ser dominado por elas; assim cai nos excessos e a própria força que é manejada pelos seus sentimentos, e que poderia resultar no bem, contra ele se volta e o oprime.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é assim um mal, pois que se assenta numa das condições providenciais de nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade, ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa, e este excesso se torna um mal, quando tem como consequência um mal qualquer.

Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal, por conseguinte, afasta-o da natureza espiritual.

Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do Espírito sobre a matéria, e o aproxima da perfeição espiritual.

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domingo, 27 de novembro de 2016

BUSCANDO O MELHOR





   – Incorrerá em culpa aquele que sonda as chagas da sociedade e as expõe em público?

Questão 904 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Depende do sentimento que o mova. Se o escritor apenas visa produzir escândalo, não faz mais do que proporcionar a si mesmo um gozo pessoal, apresentando quadros que constituem antes um mau, do que um bom exemplo. No seu íntimo essa pessoa aprecia essas coisas, mas pode vir a ser punida por essa espécie de prazer que encontra em revelar o mal.

A) - Como pode em tal caso julgar da pureza das intenções e da sinceridade do escritor?

Resp: Nem sempre há nisso utilidade. Se ele escrever boas coisas, aproveita-as. Se proceder mal, é uma questão de consciência que lhe diz respeito, exclusivamente. Demais, se o escritor tem empenho em provar a sua sinceridade, apoie o que disser nos exemplos que dê.

Questão 905 – Alguns escritores hão publicado belíssimas obras de grande teor moral, que auxiliam o progresso da Humanidade, das quais, porém, nenhum proveito tiraram eles. Ser-lhe-á levado em conta, como Espíritos, o bem a que suas obras hajam dado espaço?

Resp: A moral sem ações é o mesmo que a semente sem plantio. De que servirá a semente se não a fazeis dar frutos que vos alimentem? Grave é a culpa desses homens, porque dispunham de inteligência para compreender. Não praticando as máximas que ofereciam aos outros, renunciaram a colher-lhes as bonanças da frutificação.

Questão 906 – Será passível de censura o homem, que tem consciência do bem que faz e por confessá-lo a si mesmo?

Resp: Pois que pode ter consciência do mal que pratica, do bem igualmente deve tê-la, a fim de saber se andou bem ou mal. Pesando todos os seus atos na balança da lei de Deus, que é justiça, amor e caridade, e assim é que poderá dizer a si mesmo se suas obras são boas ou más, e que as poderá aprovar, ou desaprovar. Não se lhe pode, portanto, censurar que reconheça ter triunfado dos maus pendores e que se sinta satisfeito, desde que de tal não se envaideça, porque então cairia noutra falta – vide questão 919, de O Livro dos Espíritos/Allan Kardec

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sábado, 26 de novembro de 2016

INDULGENCIA





– Será reprovável que cobicemos a riqueza quando nos anime o desejo de fazer o bem?

Questão 902 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Tal sentimento é louvável, não há dúvida, quando realmente puro. Mas, será sempre bastante desinteressado esse desejo? Não ocultará nenhum intuito de ordem pessoal? Não será fazer o bem a si mesmo em primeiro lugar, que cogita aquele em quem tal desejo se manifesta?

Questão 903Incorrerá em culpa a pessoa que fica repassando os defeitos alheios?

Resp: Incidirá em grande culpa se o fizer para criticar e divulgá-los, porque será faltar com a caridade. Se, porém, o fizer para tirar dai algum proveito a fim de restringir esses defeitos e evitá-los, tal pesquisa poderá ser-lhe de alguma utilidade. Importa, todavia, não esquecer que a indulgencia para com os defeitos de outrem é uma virtude prescrita na caridade. Antes de censurar as imperfeições dos outros, observai o que de vós mesmos poderão dizer os outros. Procurai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que criticais no vosso semelhante, - eis o meio de se tornar melhor: Se lhe censuras a avareza, procurai exercitar a generosidade; se criticais o orgulhoso, esforçai-vos na modéstia e humildade; se reprochas o grosseiro, o mal-educado, buscai primeiramente ser brando; se recriminas mesquinho, buscai ser elevado em todas as vossas ações. Numa palavra, estudai de maneira também que se não vos possam aplicar estas palavras de Jesus: vês o argueiro no olho de teu irmão? E não consegues observar a trave que está no teu próprio olho! (Mateus 7. 3)

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APRIMORAMENTO ESPIRITUAL





   – Sendo a vida material apenas uma estadia temporal neste mundo, e devendo o futuro espiritual constituir o objetivo da nossa principal preocupação. Será útil nos esforcemos por adquirir conhecimentos científicos que só digam respeito às coisas e às necessidades materiais?

Questão 898 de “O Livro dos Espíritos / Allan Kardec

Os Espíritos esclareceram:

Resp: Sem dúvida. Primeiramente isso vos põe em condições de auxiliar os vossos irmãos de humanidade; e assim o vosso Espírito se elevará mais depressa, se já houver progredido em inteligência. E nos intervalos das encarnações aprendereis em pouco tempo o que na Terra vos exigiria anos e anos de aprendizados. Nenhum conhecimento para o bem é inútil, e todos mais ou menos contribuem para o progresso, porque o Espírito para ser perfeito tem que saber tudo, e assim cumprindo para que o desenvolvimento se efetue em todos os sentidos, e todas as ideias adquiridas ajudam o aprimoramento do Espírito.

Questão 899 – Qual o mais culpado entre dois homens ricos que empregam exclusivamente em gozos pessoais as suas riquezas patrimoniais? Tendo um nascido na opulência e desconhecido sempre a necessidade; e quanto ao outro, devendo ao seu trabalho, os bens que possui?

Resp: aquele que conheceu os sofrimentos, porque sabe o que é sofrer.  A dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece em si mesmo; porém como frequentemente sucede já dela não se lembra.

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